Alzheimer e Demência é a mesma coisa?
- Daniela Vital

- 21 de out.
- 3 min de leitura

Não, Alzheimer e demência não são a mesma coisa, mas estão relacionados. A demência é um termo genérico que descreve uma série de sintomas, enquanto o Alzheimer é uma doença específica que causa a demência.
Aqui estão as principais diferenças:
Demência
O que é: Não é uma doença por si só, mas um conjunto de sintomas que afetam a memória, a comunicação, o raciocínio e o comportamento.
Causas: A demência pode ter diversas causas, como danos nas células cerebrais, acidentes vasculares cerebrais, deficiência de vitamina B12, tumores cerebrais ou outras doenças neurodegenerativas.
Tipos: Existem vários tipos de demência, incluindo demência vascular, demência frontotemporal e a demência por corpos de Lewy. Algumas formas são reversíveis, dependendo da causa.
Alzheimer
O que é: É a causa mais comum de demência, respondendo por cerca de 60% a 80% dos casos.
Causas: É uma doença neurodegenerativa progressiva, causada pelo acúmulo de proteínas tóxicas no cérebro, que leva à morte de neurônios.
Características: Os primeiros sintomas geralmente incluem a perda de memória de curto prazo. Com o tempo, a doença avança e os sintomas se agravam, afetando a linguagem, o raciocínio e a capacidade de realizar tarefas diárias.
Analogia para entender a diferença
Pense na demência como o termo geral para "perda de memória". Há várias causas para a perda de memória, e o Alzheimer é a causa mais comum.
Demência é como dizer que uma pessoa tem "dor de cabeça". Existem muitas causas para a dor de cabeça (estresse, sinusite, etc.).
Alzheimer é como dizer que uma pessoa tem "enxaqueca", que é um tipo específico de dor de cabeça com características próprias.
Sabemos que a doença de Alzheimer é uma condição neurodegenerativa progressiva caracterizada pela morte de neurônios e pela formação anormal de placas de beta-amiloide e emaranhados de proteína tau no cérebro. Esses processos comprometem a comunicação entre as células nervosas e levam à perda gradual da memória, linguagem e capacidade de julgamento. De fato, existe uma base genética (como mutações nos genes APOE, APP, PSEN1 e PSEN2), mas a genética não é destino. A neurociência moderna mostra que o estilo de vida e os fatores epigenéticos podem modificar significativamente as probabilidades de desenvolver doenças neurodegenerativas. Isso significa que, ao cuidar do seu corpo, mente e emoções, você influencia a expressão dos seus genes e fortalece a resiliência cerebral.
Abaixo, organizei os principais pilares de prevenção e cuidado do cérebro, com respaldo neurocientífico e integrativo:
🧠 1. Nutrição Neuroprotetora
Dieta mediterrânea ou MIND: rica em azeite de oliva, peixes gordos (ômega-3), vegetais, frutas vermelhas, oleaginosas e grãos integrais.
Evite: excesso de açúcar, ultraprocessados, gorduras trans e álcool.
Nutrientes-chave:
Ômega-3 (DHA e EPA) – estimula neurogênese e reduz inflamação.
Polifenóis (resveratrol, cúrcuma, chá verde, frutas roxas) – ação antioxidante.
Vitaminas B6, B9 (folato) e B12 – reduzem homocisteína, associada à degeneração neural.
Vitamina D e magnésio – regulam neurotransmissores e plasticidade sináptica.
💪 2. Movimento e oxigenação
Exercício físico regular é um dos fatores mais poderosos na prevenção do Alzheimer.
Aeróbicos (caminhada, dança, natação) estimulam o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), proteína que protege e regenera neurônios.
Força e equilíbrio também são importantes, pois previnem quedas e melhoram circulação cerebral.
💤 3. Sono reparador
O sono é o momento em que o cérebro elimina resíduos tóxicos (inclusive beta-amiloide) pelo sistema glinfático.
Busque 7 a 9 horas de sono profundo, evitando telas e luz azul antes de dormir.
Rituais noturnos, chás calmantes e respiração consciente podem ajudar.
🌿 4. Emoções e estresse
Estresse crônico eleva o cortisol, que em excesso atrofia o hipocampo (região da memória).
Práticas como meditação, respiração, oração, yoga, contato com a natureza e terapias integrativas equilibram o sistema nervoso.
Cuidar da criança interior e liberar traumas emocionais também reduz padrões de hiperativação do eixo HPA (hipotálamo-pituitária-adrenal).
🧩 5. Treinamento cognitivo
Estimule o cérebro com novos aprendizados (idiomas, instrumentos, leitura, desafios mentais).
A neuroplasticidade depende da novidade e da curiosidade.
Interações sociais significativas também fortalecem conexões neurais.
💓 6. Conexão e propósito
Estudos mostram que pessoas com sentido de vida, espiritualidade e vínculos afetivos fortes têm menor risco de declínio cognitivo.
O amor, no sentido energético e neuroquímico (oxitocina, serotonina, dopamina), é neuroprotetor.
⚕️ 7. Acompanhamento preventivo
Avaliações periódicas: colesterol, glicemia, vitamina D, B12, homocisteína e inflamação.
Se possível, consulte um neurologista ou médico integrativo para acompanhamento e exames genéticos apenas se necessário.

























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