Alcoolismo e DNA
- Daniela Vital

- 30 de ago.
- 2 min de leitura
O alcoolismo tem sim uma base genética, mas não é apenas “culpa do DNA”. Vou te explicar de forma simples:

📌 Alcoolismo e DNA
Predisposição genética
Pesquisas mostram que pessoas com histórico familiar de alcoolismo (pai, mãe, avós) têm maior risco de desenvolver dependência.
Isso não significa que a pessoa vai ser alcoólatra, mas que tem uma maior vulnerabilidade.
Genes já estudados
ADH1B e ALDH2: ligados à forma como o corpo metaboliza o álcool.
Exemplo: alguns indivíduos sentem efeitos mais fortes ou desconfortáveis ao beber (como rubor facial), o que pode diminuir o risco de dependência.
Outros metabolizam rápido, sentem prazer maior e correm mais risco.
Genes ligados à dopamina e serotonina (DRD2, SLC6A4, etc.): influenciam a sensação de recompensa, prazer e compulsão.
Epigenética (DNA + ambiente)
Mesmo com predisposição, fatores como educação, ambiente familiar, traumas, estresse, círculo social e acesso ao álcool influenciam se a doença vai se manifestar ou não.
Ou seja: gene abre a porta, mas o ambiente decide se a pessoa entra.
📌 Resumindo com exemplo
Imagine duas irmãs com o mesmo gene de risco.
Uma cresce em um ambiente com apoio emocional, poucas situações de estresse e acesso limitado ao álcool → pode nunca desenvolver alcoolismo.
A outra passa por traumas, convive com familiares que bebem muito e usa álcool para lidar com problemas → maior chance de desenvolver dependência.
👉 Ou seja: o DNA influencia, mas não determina sozinho.
É sempre a soma de genética + ambiente + fatores psicológicos e sociais.
Se livrar do vício — seja do álcool, drogas, cigarro ou até compulsões comportamentais, alimentares — não é fácil, mas é possível. O caminho envolve corpo, mente e espirito (rede de apoio).
📌 Como se livrar do vício
1. Reconhecimento do problema
Primeiro passo é admitir: “Eu tenho um vício e preciso de ajuda”.
Essa consciência abre a porta para a mudança.
2. Apoio médico e Terapêutico / psicológico.
Procurar psiquiatra e/ou psicólogo especializado em dependência química.
Muitas vezes é necessário tratamento com medicação para controlar ansiedade, depressão ou compulsão.
3. Terapias e grupos de apoio
Terapia cognitivo-comportamental (TCC): ajuda a mudar padrões de pensamento que levam ao uso.
Grupos de apoio (AA – Alcoólicos Anônimos, NA – Narcóticos Anônimos): partilha de experiências, apoio coletivo e disciplina.
4. Mudança de ambiente
Evitar locais, pessoas e situações que estimulam o vício.
Trocar bares por atividades saudáveis, cortar contato com pessoas que incentivam o consumo.
5. Estilo de vida saudável
Alimentação equilibrada, exercícios físicos, sono regular → ajudam a reequilibrar o cérebro.
Atividades alternativas: hobbies, espiritualidade, leitura, voluntariado.
6. Rede de apoio
Família e amigos têm papel essencial: oferecer acolhimento, sem julgamento.
Mas é importante também impor limites saudáveis e não “alimentar” o vício.
7. Espiritualidade e propósito (O que faz sentido para a pessoa)
Muitas pessoas encontram força em práticas espirituais ou religiosas.
Isso não substitui o tratamento médico, mas pode ser um pilar de apoio para levar ao autoconhecimento
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✅ Resumo simples: Sair do vício = decisão + tratamento médico + apoio psicológico + mudança de hábitos + rede de apoio.

























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